Tiago Guedes regressa a Dennis Kelly, o dramaturgo britânico com quem já foi feliz na descida vertiginosa aos infernos da complexidade humana. Depois de Órfãos, o realizador e encenador aborda agora A Matança Ritual de Gorge Mastromas, texto de 2013 sobre a banalidade do mal na pessoa do homem que a peça de Kelly escrutina em retrospetiva: "A existência não é aquilo que até este momento pensaste que era. Não é honesta, não é gentil, não é justa. A maior parte do mundo não faz ideia disso, acreditam em Deus, ou no paizinho ou em Marx ou na mão invisível do mercado ou em honestidade ou bondade. Atravessam a vida, de olhos fechados, a levar porrada e ser lixados. Ele é assim. Tu és assim. Mas uma ínfima parte de nós, chamemo-nos a resistência, sabemos a verdadeira natureza da vida. É-nos dado o mundo. Somos poderosos e ricos e temos tudo, porque faremos tudo o que for preciso."
2019
DE
Dennis Kelly
ENCENAÇÃO
Tiago Guedes
COM
António Fonseca, Beatriz Maia, Bruno Nogueira, Inês Rosado, José Neves, Luís Araújo, Rita Cabaço
CENÁRIO
Fernando Ribeiro
DESENHO DE LUZ
Nuno Meira
SONOPLASTIA
João Pratas
FIGURINOS
Ângela Rocha
CO-PRODUÇÃO
Pueblozito, Teatro Nacional D. Maria II e Teatro Viriato
FOTOGRAFIA
Filipe Ferreira / TNDMII